Como explicar o Dia de Finados para os pequenos
O dia dois de novembro é uma data triste para muitas pessoas. Nesta data é celebrado o dia de finados, o dia de celebração e homenagem aos mortos. Cemitérios cheios, igrejas lotadas, muita gente acendendo sua vela e muito choro. Uma data triste, mas que tem que ser superada.

As pessoas sentem dificuldade para entender essa data. Mas e as crianças? Como fazer para que elas entendam essa data tão triste e tão específica? É, realmente é difícil explicar algo que às vezes nem nós adultos aceitamos direito.
Naturalmente, as crianças acabam conhecendo a dor da morte Uma animal de estimação que vai, uma parente dela mesma ou de um amigo, pessoas próximas ou distantes, é inevitável que elas saibam. Psicólogos dizem que não é bom esconder isso delas, que a melhor maneira de fazer a criança crescer se medo e sem problemas com isso é falando sempre a verdade. Vale aquela velha história que a pessoa ou animal que se foi virou uma estrelinha, foi morar com o papais do céu. A imaginação é essencial, mas a criança deve saber que aquela pessoal ou animal nunca mais voltará. Muitos pais tentam poupar os filhos desse sofrimento, mas é importante ter em vista que cedo ou tarde elas vão descobrir e o problema pode ser ainda maior.
Estudos feitos por profissionais da área de psicologia afirmam que crianças de até três anos podem não perceber que a morte é algo definitivo, mas com o tempo percebem e entendem a falta de alguma pessoa próxima ou de um animalzinho de estimação. Ainda segundo profissionais, somente a partir dos 12 anos de idade é que a criança começa a entender o processo da morte por completo.
Adultos evitam falar sobre a morta com crianças porque nem sempre etão preparados. Em muitos casos nem mesmo os adultos conseguem aceitar ou entender a situação, o que dificulta a conversa. Porém a conversa, a explicação, é importante para que a criança, seja de qual idade for, comece a entender melhor a vida e todo o seu processo.
A reação da criança vai depender de cada personalidade. Cada criança expressa e mostra o luto de sua maneira e é importante respeitar. São diferentes modos e tudo deve ser respeitado para que todo o processo da morte seja entendido e ultrapassado sem deixar sequelas psicológicas que, em muitos casos, podem ser levadas para sempre. Tudo o que for perguntado pela criança deve ser respondido, para que não fiquem dúvidas e nem desconfianças na cabecinha delas. Quanto mais naturalidade melhor, afinal se o adulto agir com naturalidade a criança confiará na explicação e se sentirá mais segura em relação à um problema bastante complicado.
Livros, historinhas, enfim, estimular a imaginação da criança pode auxiliar no processo de entendimento do pequeno. Pais que sentem dificuldade para tocar no assunto podem se apoiar em histórias e livros, utilizando, claro a imaginação para entrar no assunto com as crianças. Mas não são só os pais os responsáveis por tratar deste assunto tao complicado com as crianças. Professores e pais de amigo também devem abrir esse assunto, afinal, hoje em dia as crianças costumam passar mais tempo na escola do que nas suas próprias casas.
Mas as histórias tem que ser bem escolhidas. Psicólogos dizem que expressões como “dormiu para sempre” ou “descansou” podem ser mal interpretadas pelos pequenos que podem ficar com medo na hora de dormir ou achar que a pessoa que morreu acordará. Outras expressões como que a pessoa “foi embora” ou “foi fazer uma longa viagem” também pode confundir a crianças e trazer problemas psicológicos para elas que, além de desconfiar, podem se sentir desamparadas ou inseguras.
A principal questão é saber como dizer para a criança evitando traumas. Uma família religiosa, por exemplo, pode usar a religião, fazendo uso de uma linguagem com a qual a criança está habituada a lidar. O fato é que a dor tem que ser explicada, não importa a forma com que se borde a situação, o importante é não deixar a criança sucumbir na dor até que a imagem do que se foi desapareça.
Para famílias cristãs, por exemplo, há uma série de maneiras de se conversar com crianças sobre o dia de finados. Regrinhas básicas que darão a elas mais segurança na hora de tratar do assunto. Os cristãos costumam tratar o dia de finados com crianças como o dia da celebração da vida eterna. Elas costumam dizer às crianças que as pessoas queridas estão com Deus e viverão eternamente. Procuram, naturalmente, ensinar que com a oração a pessoa querida que se foi estará mai feliz e alegre na companhia de Deus.
Você tem que saber explicar de uma forma que evite que a criança se assombre, mostrar que realmente a morte é um processo natural da vida. O ato de visitar o cemitério, por exemplo, deve ser explicado como um gesto de carinho, de amor, pois na verdade é uma homenagem que fará bem para pessoa falecida.
Você pode explicar o ato de ir ao cemitério como uma homenagem à pessoa que se foi. Você deve deixar claro que nos finados as pessoas tiram o dia para ir ao cemitério levar flores e rezar para a alma dos que já morreram e que elas fazem isto com muito amor e saudade. Deve deixar sempre claro que a morte é um processo natural da vida e que todos vão morrer um dia, alguns mais novos, outros mais velhos, mas ninguém consegue escapar dela. E importante passar para a criança que todo o bem deve ser feito em vida, assim ela se tornará uma pessoa muito mais amável e mais próxima de pessoas queridas.
Portanto, com essas dicas, ficará menos difícil tratar dessa data tão triste com as crianças. Fácil nunca vai ser, afinal de contas, nem nós conseguimos entender a morte! Portanto, seja natural, explique, desperte a imaginação, mas sempre dizendo a verdade, afinal de contas todos nós temos que passar pela dor da perda de um ente querido, um amigo ou uma pessoa próxima. Seja sincero e diga, da melhor maneira, a verdade, para que a criança se prepare para a vida!
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